1 Coríntios: Capítulo 13 (versículos 1–13)

Setembro 2, 2025

por Peter Amsterdam

[1 Corinthians: Chapter 13 (verses 1–13)]

Em 1 Coríntios capítulo 12, Paulo tratou das variedades de dons espirituais e de serviço, enfatizando que é Deus quem concede poder a esses dons e o Espírito Santo quem os distribui a cada crente “para o bem comum” (1 Coríntios 12:4–7, 11). Muitos comentaristas acreditam que a frase final do capítulo 12 deveria ser o primeiro versículo do capítulo 13. Por isso, iniciaremos este estudo com 1 Coríntios 12:31.

“Mas busquem com dedicação os melhores dons. Passo agora a mostrar a vocês um caminho ainda mais excelente” (1 Coríntios 12:31).

Ao encerrar o capítulo, o apóstolo incentiva os coríntios a desejarem intensamente os dons mais importantes e que lhes mostrará “um caminho ainda mais excelente” para viverem como membros do corpo de Cristo. Então, Paulo dedica 1 Coríntios 13 ao a tema que permeia suas cartas, pelo que o capítulo é muitas vezes intitulado de “a supremacia do amor” ou “a excelência do amor”.

“Ainda que eu fale as línguas dos homens e dos anjos, se não tiver amor, serei como o sino que ressoa ou como o prato que retine” (1 Coríntios 13:1).

O dom de línguas, abordado no capítulo anterior, recebia ênfase exagerada dos coríntios, pelo que, Paulo o traz novamente à baila, usando a expressão “línguas dos homens e dos anjos”. Não há evidência de que Paulo acreditasse que alguém pudesse realmente falar em línguas angelicais — e esse conceito não aparece em nenhum outro lugar da Bíblia.

A mensagem é que, mesmo se tal prodígio fosse alcançado, não teria valor sem o amor. Paulo pessoaliza o assunto ao argumentar que se ele próprio tivesse esse dom, seria apenas “um sino que ressoa” ou “um prato que retine” — barulho vazio. Isso deve ter sido um choque para os coríntios, que se orgulhavam de terem o dom de falar em línguas.

“Ainda que eu tenha o dom de profecia e saiba todos os mistérios e todo o conhecimento, e tenha uma fé capaz de mover montanhas, se não tiver amor, nada serei” (1 Coríntios 13:2).

Em seguida, Paulo fala da profecia, um dom que ele valorizava muito (1 Coríntios 14:1). Propõe uma situação extrema: a capacidade de revelar por profecia todos os mistérios e todo o conhecimento, uma onisciência jamais atingida por nenhum profeta. Então, o autor destaca que, mesmo que isso fosse possível, essa capacidade não teria valor algum, sem amor.

Usa do mesmo recurso linguístico para tratar da fé e diz que, sem amor, até uma fé poderosa o suficiente para remover montanhas (Marcos 11:23) não teria valor.

“Ainda que eu dê aos pobres tudo o que possuo e entregue o meu corpo para ser queimado, se não tiver amor, nada disso me valerá” (1 Coríntios 13:3).

Paulo então passa a falar da generosidade abnegada. O texto deixa clara a intenção da doação: "Se eu der tudo o que possuo aos pobres". Paulo apresentou o cenário hipotético em que se ele próprio doasse todos os seus bens aos necessitados, de nada lhe valeria, se não o fizesse motivado pelo amor.

Na sequência, vai além. Referindo-se à possibilidade de uma perseguição religiosa que lhe pudesse custar a vida ou das tribulações e provações que antecederiam sua morte, Paulo imagina o cenário no qual ele entregaria seu corpo para ser queimado. Então conclui que mesmo esses sacrifícios extraordinários —simbolizados pela doação de tudo que tinha e pela morte em uma fogueira—,  não teriam valor algum sem o amor cristão.

O comentarista Leon Morris explica:

Paulo está dizendo que é possível que alguém [...] faça sacrifícios espetaculares sem amor. É possível que essa pessoa seja movida pela dedicação a um ideal elevado, pelo orgulho ou por outra motivação semelhante. Nesses casos, o sacrifício não lhe traz nenhum proveito… O amor é a única coisa realmente necessária e nada pode compensar a sua ausência.1

Jesus ensinou que somente amar Deus de todo o coração, alma e entendimento é mais importante do que amar o próximo como a si mesmo (Mateus 22:37–40). Amar os outros é a segunda lei mais importante nas Escrituras e, portanto, Paulo defende que os dons espirituais de nada valem se a motivação para usá-los não for o amor pelos demais.

Depois de destacar a preeminência do amor sobre os dons espirituais, o apóstolo descreve nos quatro versículos subsequentes, (1 Coríntios 13:4-7) a natureza e as virtudes desse amor, assim como as ações que dele resultam e que as que ele inibe.

“O amor é paciente, o amor é bondoso. Não inveja, não se vangloria, não se orgulha” (1 Coríntios 13:4)

Paulo tratou de diversos aspectos do amor cristão, começando com a paciência e a bondade, que são frutos da presença do Espírito Santo na vida dos crentes (Gálatas 5:22–23).

O amor é paciente. A paciência comunica a ideia de perseverança e domínio próprio. Deus é paciente, “o Senhor é muito paciente e grande em fidelidade” (Números 14:18), e em Sua bondade dá tempo para o arrependimento e para escapar do juízo (2 Pedro 3:9; Romanos 2:4). A paciência, portanto, faz parte da natureza de Deus, e os crentes são chamados a tratar uns aos outros com paciência devido ao amor mútuo. O amor nos motiva a sermos pacientes porque nos lembramos constantemente da generosa paciência que Deus tem conosco. O amor responde com paciência para com os outros e com as circunstâncias, em vez de ceder à raiva ou à falta de interesse pelos outros. (1 Tessalonicenses 5:14).

O amor é bondoso. A bondade é um tema frequente nas cartas de Paulo, geralmente no sentido de que o amor se expressa no serviço ao próximo (Colossenses 3:12; Gálatas 5:13-14). Em alguns casos, pode assumir a forma de uma correção firme, mas cuidadosa, buscando um resultado positivo — algo que o próprio Paulo exemplificou em sua relação com os coríntios. A bondade é também expressão do amor de Deus revelado em Cristo (Efésios 2:7). Essa manifestação se combina ao perdão e à compaixão em Efésios 4:32: “Sejam bondosos e compassivos uns para com os outros, perdoando-se mutuamente, assim como Deus os perdoou em Cristo”.

O amor não inveja. Esta é a primeira das oito atitudes que Paulo lista como incompatíveis com o amor. A inveja e o ciúme podem começar como admiração das bênçãos alheias, que se transformam em ressentimento. Isso não reflete o amor de Cristo, que renunciou a tudo pelo bem dos outros. O amor não se ressente do sucesso ou das bênçãos de ninguém.

O amor não se vangloria. A palavra traduzida como “vangloriar-se” aparece apenas aqui em todo o Novo Testamento. Pode ser entendida como “gabar-se sem fundamento”. Refere-se ao ato de falar com orgulho exagerado sobre realizações, posses ou habilidades, para impressionar os outros. O amor é incompatível com a soberba, pois não busca autopromoção, mas entregar-se em favor do próximo.

O amor não se orgulha. Aqui, o apóstolo ser refere ao orgulho no sentido de autoconfiança excessiva e arrogância. Tanto no Antigo quanto no Novo Testamento, o orgulho é condenado como pecado. Quem ama não se coloca acima dos demais, atribuindo a si próprio uma importância indevida. Como escreveu Tomás de Aquino: “Amar é querer o bem do outro” — ou seja, colocar o bem-estar do próximo acima do próprio.

[O amor] Não maltrata, não procura seus interesses, não se ira facilmente, não guarda rancor (1 Coríntios 13:5)

Tratar alguém mal ou ser “grosseiro”, pode variar de uma cultura para outra, mas em essência é o desprezo pelas convenções sociais. Ignorá-las é sinal de desrespeito; observá-las é demonstração de amor. Isso, no entanto, não significa que o amor leve o cristão a simplesmente “seguir a manada”. Quando a cultura ou os costumes estão em conflito com a fé, não praticá-los não é falta de amor.

O amor não procura seus interesses. Equivale a dizer que o amor não é egoísta. Não coloca em primeiro lugar seus próprios desejos, necessidades ou vontades, ignorando as necessidades dos outros. Quem ama coloca o bem do próximo acima do seu. Obviamente, isso não significa negligenciar as próprias necessidades. Nos Evangelhos vemos que o próprio Jesus, em alguns momentos, afastava-Se, seja para Se resguardar da pressão das multidões, seja para buscar tempos de oração (Lucas 5:16; 22:41).

O amor não se ira facilmente. Outras traduções trazem “não fica irritado” ou “não se exaspera”. Quem ama não costuma ceder à ira nem fica irritado com os outros, mas é paciente e lento para se irar. Isso não significa que a pessoa jamais ficará indignada. Em Atos 17:16, por exemplo, Paulo ficou profundamente perturbado em seu espírito ao ver os ídolos em Atenas, mas aquela reação não foi motivada pelo egoísmo ou na defesa de seus próprios direitos, mas a rejeição ao mal e à idolatria.

O amor não guarda rancor.Na tradução ARA lemos que o amor “não se ressente do mal”. Quem ama não mantém uma lista detalhada das falhas alheias para cobrar depois. Como explicou um autor: “O amor não aprova o mal ou o dano sofrido, mas está pronto e disposto para perdoar, ao se recusar a registrar cada ofensa em uma lista que depois poderia ser usada para retaliação”.2 O amor oferece perdão. Foi o que Jesus fez na cruz, quando orou: “Pai, perdoa-lhes, pois não sabem o que estão fazendo” (Lucas 23:34). Foi também o que Estêvão fez ao ser apedrejado, clamando: “Senhor, não os consideres culpados deste pecado” (Atos 7:60).

O amor não se alegra com a injustiça, mas se alegra com a verdade (1 Coríntios 13:6).

Ao descrever o amor, Paulo contrapõe aqui a injustiça — que pode ser traduzida também como “iniquidade” ou “maldade” — com a verdade. Para o cristão, viver no amor é viver segundo a verdade, um elemento central para a fé cristã, pois Jesus disse: “Eu sou a verdade” (João 14:6), e Paulo escreveu: “a verdade que está em Jesus” (Efésios 4:21). O amor, portanto, se alegra na verdade do evangelho, em Deus e em Sua Palavra.

O amor tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta (1 Coríntios 13:7).

Esse versículo, contém quatro afirmações positivas sobre o que o amor faz. Ao escrever que “o amor tudo sofre”, Paulo expressa a ideia de que o amor suporta muitas ofensas e não deixa de amar, mesmo quando enfrenta dificuldades causadas por outros, inclusive seus inimigos (Lucas 6:27). Isso também se refere à capacidade do amor de suportar provações para beneficiar outra pessoa. Significa escolher apoiar alguém, mesmo em tempos difíceis. Esse aspecto do amor diz respeito à perseverança e firmeza diante dos desafios. Como vimos anteriormente, o amor não busca os próprios interesses (1 Coríntios 13:5), mas procura o bem do próximo (1 Coríntios 10:24) e, para isso, está disposto a suportar todas as coisas pelos outros.

Tudo crê. Esse aspecto do amor se refere a nunca perder a fé ou, nas palavras de Agostinho, a “crer no melhor”. Significa dar às pessoas um voto de confiança, estar disposto a acreditar nelas e a enxergar o melhor que podem oferecer, cultivando ao mesmo tempo um ambiente de fé, confiança e esperança compartilhada. Como escreveu um estudioso: “Isso não significa que o amor seja ingênuo, mas que não pensa o pior (como é o costume do mundo). O amor mantém a perspectiva da fé… está sempre disposto a “dar uma colher de chá”.3

Tudo espera. A esperança é essencial ao amor, construída sobre a nossa fé e a confiança de que Deus faz todas as coisas agirem para o bem daqueles que O amam, independentemente das dificuldades que enfrentem (Romanos 8:28). Todos passamos por provações e, às vezes, por fracassos, que podem nos levar ao desânimo ou à derrota. Mas a esperança dos crentes é a certeza e confiança, firmemente alicerçadas na Palavra de Deus, de que Cristo nos guardará e preservará para a sua glória (1 Pedro 5:10; 2 Timóteo 4:18). Quando um crente cai, é Jesus quem o levanta e o ajuda a permanecer firme (Romanos 14:4). É Ele quem prometeu completar a boa obra que iniciou em nossas vidas (Filipenses 1:6).

Tudo suporta. O amor persevera e nunca desiste das pessoas. É fácil amar quando a outra pessoa não incomoda, não é inconveniente nem atrapalha a nossa vida. Mas o verdadeiro amor permanece tanto nos bons momentos quanto nos difíceis. Aqui Paulo estava destacando especialmente a necessidade de perseverar no amor ao próximo. Por sermos cristãos, devemos ter a profundidade e a perseverança do amor de Cristo como padrão para o nosso próprio amor (1 João 3:16).

O amor nunca perece (1 Coríntios 13:8a).

Na terceira e última seção do capítulo, Paulo compara a natureza transitória dos dons espirituais mencionados anteriormente com a permanência e a supremacia do amor cristão. Ele começa afirmando que o amor nunca perece (também traduzido em algumas versões como “o amor nunca acaba” e o “amor nunca falha”). Indica que aqueles que se dedicam ao amor cristão participam do amor de Deus, que permanecerá para toda a eternidade.

As profecias desaparecerão, as línguas cessarão, o conhecimento passará; o conhecimento passará. Pois em parte conhecemos e em parte profetizamos (1 Coríntios 13:8b–9).

Paulo então descreve três dons espirituais — profecias, línguas e conhecimento (1 Coríntios 12:8–10) — como temporários, que não duram pela eternidade como o amor. Além disso, não oferecem conhecimento pleno ou compreensão completa, pois os crentes apenas “conhecem em parte” e “profetizam em parte”. Profecia, línguas e conhecimento são dons do Espírito Santo e, portanto, valiosos para a igreja, mas são limitados e transitórios por natureza.

quando, porém, vier o que é perfeito, o que é imperfeito desaparecerá (1 Coríntios 13:10).

A compreensão parcial que os crentes recebem por meio de dons como profecia, línguas e conhecimento desaparecerá “quando vier o que é perfeito”. Quando Cristo retornar, não haverá mais necessidade desses dons, pois a luz da presença de Deus tornará tudo completo. Esses dons servem apenas como vislumbres do perfeito que ainda virá.

Quando eu era menino, falava como menino, pensava como menino, raciocinava como menino. Quando me tornei homem, deixei para trás as coisas de menino (1 Coríntios 13:11).

Paulo usa a imagem do crescimento de uma criança até a maturidade. Quando era menino, falava, pensava e raciocinava como tal. Mas, ao se tornar adulto, deixou para trás as coisas de criança. Do mesmo modo, os dons de profecia, línguas e conhecimento são como as limitações da infância quando comparados à plenitude que virá.

Agora, pois, vemos apenas um reflexo obscuro, como em espelho; mas, então, veremos face a face. Agora conheço em parte; então, conhecerei plenamente, da mesma forma com que sou plenamente conhecido (1 Coríntios 13:12).

Na época de Paulo, Corinto era conhecida pela fabricação de espelhos, provavelmente por isso ele usou essa analogia. Os espelhos antigos eram feitos de metal polido (como bronze), o que produzia um reflexo imperfeito e turvo. Ver ‘como em espelho’ significa enxergar de forma turva, limitada, como se fosse um reflexo opaco e impreciso. Nosso conhecimento de Deus hoje é apenas parcial, imperfeito e encoberto — não conseguimos vê-lO em Sua glória por causa das limitações humanas e do pecado. Mas, no mundo vindouro, os crentes serão redimidos do pecado e de seus efeitos.

Quando virmos Cristo face a face, teremos um encontro direto com Deus. Conheceremos Deus de forma plena e pessoal no céu, assim como já somos plenamente conhecidos por Ele. Como explicou um autor:

Paulo compara a imagem indireta e imperfeita que vemos no espelho (nossa experiência presente nesta era) com o conhecimento direto, completo e claro de Deus e de Sua verdade (face a face) que experimentaremos na ressurreição e na eternidade.4

Assim, permanecem agora estes três: a fé, a esperança e o amor. O maior deles, porém, é o amor (1 Coríntios 13:13).

Paulo encerrou esta parte da carta com uma afirmação que provavelmente era bem conhecida dos coríntios, já que ele dedicou grande parte de seu ministério a destacar a importância da fé, da esperança e do amor. Ao referir-se a elas como “estes três”, ressalta que fé, esperança e amor são as realidades cristãs mais elevadas e permanentes, distinguindo-as de todas as outras. Essas três virtudes também aparecem associadas em outros trechos do Novo Testamento.

Lembramos continuamente, diante de nosso Deus e Pai, o que vocês têm demonstrado: o trabalho que resulta da fé, o esforço motivado pelo amor e a perseverança proveniente da esperança em nosso Senhor Jesus Cristo (1 Tessalonicenses 1:3).

Sempre agradecemos a Deus, o Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, quando oramos por vocês, pois temos ouvido falar da fé que vocês têm em Cristo Jesus e do amor que têm por todos os santos, por causa da esperança que está reservada a vocês nos céus (Colossenses 1:3-5).

Paulo apresentou a como o meio pelo qual os crentes são unidos a Cristo e recebem a salvação; a fé representa a nossa confiança em Deus e o compromisso com Ele. Descreveu a esperança em termos da salvação que os crentes receberão no céu. A definição bíblica de esperança é “a expectativa segura e confiante de receber aquilo que Deus nos prometeu para o futuro”.5 A fé e a esperança estão intimamente relacionadas, pois ambas representam nossa confiança e crença em Deus, bem como a expectativa segura do cumprimento de Suas promessas para o nosso futuro em Seu reino.

Embora Paulo tenha apresentado o amor cristão em uma tríade com a fé e a esperança, eleva o amor a um patamar ainda mais alto, “o maior deles”. O amor continuará pela eternidade, enquanto a fé se tornará visível quando virmos Jesus face a face (2 Coríntios 5:7), e a esperança cessará quando aquilo que era esperado se tornar realidade (Romanos 8:24–25). Assim, embora fé, esperança e amor permaneçam e estejam acima de todos os dons espirituais, o maior deles é o amor.


1 Leon Morris, 1 Corinthians: An Introduction and Commentary, vol. 7, Tyndale New Testament Commentaries (InterVarsity Press, 1985), 160.

2 Alan F. Johnson, 1 Corinthians, The IVP New Testament Commentary Series (IVP Academic, 2004), 251.

3 Morris, 1 Corinthians, 161.

4 Johnson, 1 Corinthians, 255.

5 “What is the definition of hope?” GotQuestions.org, https://www.gotquestions.org/definition-of-hope.html.