As Histórias que Jesus Contou: O Administrador Injusto, Lucas 16:1-9
Agosto 26, 2014
por Peter Amsterdam
As Histórias que Jesus Contou: O Administrador Injusto, Lucas 16:1-9
Duração do áudio: 20:40
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Esta é a última de três parábolas que falam sobre o uso de dinheiro e bens. A primeira foi a do rico insensato. A segunda foi sobre o homem rico e Lázaro. Esta parábola, do administrador injusto, é considerada uma das de mais difícil compreensão. É curioso ver quantas interpretações conflitantes foram tecidas ao longo dos séculos.
Jesus contou a história de um administrador ou gerente comercial de um rico proprietário de terras, demitido pelo seu chefe por conta de sua desonestidade. O administrador, então, para atender aos seus próprios interesses pratica ainda mais fraudes contra o patrão que, ao se inteirar dos fatos, elogia o administrador.
A parábola parece ensinar que Jesus está tolerando e até elogiando o comportamento pecaminoso do administrador — o que é certamente um pouco constrangedor. Na verdade, no quarto século, o último imperador romano não cristão, conhecido como Juliano, o Apóstata, usou essa parábola para afirmar que Jesus ensinara Seus seguidores a ser mentirosos e ladrões.[1]
Há uma grande variedade de interpretações dessa parábola. Ao longo dos séculos, foram-lhe atribuídos vários significados, inclusive se tratar de doação de esmolas aos pobres, o uso adequado do dinheiro, advertências sobre crise iminente, cancelamento de dívidas, leis contra usura, que o administrador estava abrindo mão de sua comissão, Jesus usando ironia para dar uma mensagem, o rico sendo o “vilão” em vez do administrador, que tanto o homem rico quanto o administrador eram vilões, que o rico era tolo e não se importava que o administrador fosse desonesto; uma advertência para Israel.[2] Algumas dessas interpretações são bem absurdas, enquanto outras, mais plausíveis.
Em meio a tantas interpretações e explicações, algumas das quais conflitantes entre si, quero dividir aqui com vocês uma que me parece ser uma explicação precisa da mensagem trazida pela parábola.[3] Não é a única interpretação possível e cada um pode ter seu próprio ponto de vista. Vou tratar aqui de apenas uma das muitas opções, mas os interessados podem pesquisar e conhecer as outras interpretações.
Vamos começar com o primeiro versículo da parábola, que apresenta do dois principais personagens e constrói o cenário para a trama.
Havia um homem rico cujo administrador foi acusado de dissipar os seus bens.
Conforme lemos na história, fica evidente que o homem rico tinha grandes propriedades rurais as quais arrendava para que os outros as cultivassem, e havia contratado um administrador que era responsável por seus negócios. Alguém relatara para o rico latifundiário que seus ativos estavam sendo dissipados pelo administrador. A palavra original grega aqui traduzida para dissipar foi também usada na parábola sobre o pai e dois filhos, o mais jovem dos quais desperdiçou sua riqueza em prazeres pessoais. O administrador fora acusado de consumir a riqueza do dono das terras.
Então, chamando-o, lhe disse: “Que é isto que ouço de ti? Dá contas da tua administração, porque já não poderás ser meu administrador.”
O homem rico avisa para o administrador que os outros lhe haviam contado de sua má conduta, que soube que ele estaria se aproveitando da sua posição para forrar os próprios bolsos à custa do patrão.
No primeiro século, os administradores na Palestina, assim como em todo o mundo antigo, negociavam em nome dos proprietários de terras para quem trabalhavam. Tinham muita autoridade para fazer negócios em nome dos seus patrões, como se fossem os próprios donos das propriedades. Qualquer contrato firmado pelo administrador em nome do proprietário criava para este um vínculo legal. Antes de designar alguém administrador de seus negócios, propriedades e assuntos financeiros, o proprietário teria de ter confiança absoluta na pessoa. Aparentemente, na história, havia essa confiança, mas foi traída. Como o dono das terras não percebeu por si que estava sendo lesado, os outros da comunidade o avisaram.
Quando questionado, o administrador nada disse. Não se defendeu. Não perguntou quem eram seus acusadores. Não negou que havia sido desonesto. Manteve um silêncio que foi interpretado como confissão de culpa.[4] O proprietário então o demite no ato e o instrui para entregar seus livros contábeis. Nos dois versículos subsequentes, lemos o que pensou o homem, enquanto reunia os registros financeiros após ter sido destituído do cargo e, consequentemente, perdido a autoridade legal para negociar em nome do antigo patrão.
O administrador disse consigo: “Agora, que farei? O meu senhor me tira o emprego. Cavar, não posso, e de mendigar, tenho vergonha.”
O futuro lhe parecia sombrio. Se fosse o escravo do homem rico, não estaria pensando nisso, pois caberia ao seu mestre decidir seu destino, que, provavelmente, seria algum trabalho braçal. Por não ser escravo, sua demissão logo seria notícia na vila. Ele não é forte o bastante para trabalhar nos campos como um lavrador ou diarista e admite ter vergonha de mendigar.
Kenneth Bailey tem o seguinte a dizer sobre o monólogo do administrador:
Cavar é parte necessária na preparação do solo para uma nova cultura. Os terraços estreitos e os cantos íngremes não podem ser arados, mas devem ser cavados. O administrador considera esses trabalhos braçais ao mesmo tempo em que admite suas limitações físicas. Ele diz ter vergonha de mendigar. Nem todo mundo tem. Além do orgulho próprio, sabe que não tem as qualificações necessárias para ser aceito pela comunidade como mendigo, tais como: cegueira, paralisia, amputação de um membro, etc.[5]
Suas opções não parecem boas. Agora descobrimos a decisão que ele toma.
“Eu sei o que hei de fazer, para que, quando for demitido da administração, me recebam em suas casas.”
Ele tem um plano. Vai fazer algo para que seja recebido nas casas dos outros. Ser recebido “em casa de alguém” é uma expressão que significa ser empregado por outro proprietário de terras. Seu plano resultará na possibilidade de ter outro emprego, apesar das pessoas saberem que ele era desonesto e que por isso fora demitido. hectares.
E trata logo de pôr seu plano em prática.
Chamando a si cada um dos devedores do seu senhor, disse ao primeiro: “Quanto deves ao meu senhor?” Ele respondeu: “Cem batos de azeite.” Disse-lhe: “Toma a tua obrigação e, assentando-te depressa, escreve cinquenta.” Disse depois a outro: “E tu quanto deves?” Ele respondeu: “Cem coros de trigo.” Disse-lhe: “Toma a tua obrigação, e escreve oitenta.”
O administrador convoca os devedores do mestre individualmente. Isso revela ao ouvinte da história que as únicas pessoas que sabiam que o administrador fora demitido era o próprio e o patrão. Aparentemente, nem mesmo os servos do latifundiário haviam sido informados, pois provavelmente o administrador lhes deu ordens para convocar os devedores. Se soubessem que ele fora destituído, não lhe teriam obedecido.
Os devedores não sabiam tampouco, ou não teriam atendido à convocação para uma reunião privada com ele. Esses devedores não eram pobres, mas arrendadores de grandes áreas do homem rico. Um deles arrendara uma plantação de oliveiras e o outro, um campo de trigo.
Naqueles dias, as pessoas arrendavam terras aráveis, pomares e vinhas, e pagavam com uma parte pré-definida da colheita. Portanto, o dono não tinha de trabalhar na terra, mas recebia uma parte da produção. Um desses homens havia concordado em dar ao proprietário cem medidas de azeite de oliva e o outro, cem medidas de trigo.
A palavra hebraica bato se refere a uma unidade de medida do azeite que corresponde, aproximadamente, a 39 litros. Assim sendo, o devedor havia se comprometido com 3.900 litros de azeite de oliva, ou seja, a produção de cerca 150 oliveiras, cujo valor era de aproximadamente mil denários. Um denário era o equivalente ao pagamento de um dia de um trabalhador braçal. O outro arrendatário havia prometido ao mestre 27 toneladas de trigo, o equivalente à produção de uma área de cerca de 40 hectares.[6]
O administrador injusto reduziu a quantidade de azeite a ser paga em 50 por cento, ou 500 denários; e de trigo, em 20 por cento, também 500 denários. Instruiu a cada um deles que corrigissem suas notas para que refletissem 500 denários a menos do que era a dívida original. Depois de ter enganado seu patrão para obter vantagem financeira, pratica nova fraude que lhe custa mil denários, só que, dessa vez, o administrador não auferiu ganhos financeiros. Sua vantagem foi a estima daqueles homens que possivelmente o contratariam quando descobrissem que fora demitido.
Os arrendadores ficaram felizes com o senhorio pela generosidade que lhe atribuíam e com o administrador, que, no entender deles, convencera o proprietário a ser tão generoso.
De certa forma, o administrador colocou o patrão numa sinuca. Ele tinha o direito legal de não reconhecer a alteração dos contratos, mas exigir o pagamento total dos valores originais, quando chegasse o tempo da colheita, pois o administrador demitido não tinha nenhuma autoridade legal para conceder aquelas reduções. Por outro lado, invalidar a mudança faria com que ele perdesse a boa vontade de seus arrendatários e prejudicaria sua relação também com os outros homens na vila, assim que soubessem do ocorrido. O administrador trapaceara de novo o proprietário de terras, só que, dessa vez, isso trouxe vantagem para ele e para o arrendador.
A história termina da seguinte maneira:
O senhor elogiou o administrador desonesto, porque agiu astutamente.
Está claro que Ele entendia que o administrador fora desonesto, de maneira que não há inferência aqui que Jesus o estivesse elogiando, considerando-o íntegro ou mesmo arrependido. O elogio do proprietário rural foi pela sua perspicácia, em outras palavras, pela sua astúcia e habilidade para lidar com as pessoas.
Para perceber a mensagem da parábola, é preciso entender algumas coisas sobre o caráter do homem rico. Alguns comentadores da Bíblia sugerem que há indícios de que ele não fosse ético, mas há vários detalhes que parecem indicar o contrário. O primeiro é que alguém o procurou para contar que seu administrador o trapaceava. Isso pode sugerir que o senhorio não tratava seus inquilinos de maneira injusta, pois foram leais o bastante para ajudá-lo a não ser ludibriado pelo seu administrador.
Outra indicação do tipo de homem que o proprietário era foi como tratou o administrador fraudador. Ele poderia muito bem denunciá-lo e até vender como escravos a mulher e os filhos do ex-empregado. Contudo, limitou-se a demiti-lo.
Kenneth Bailey explica a importância da natureza do homem rico em relação à parábola:
Ele é um homem generoso porque demitiu o administrador, mas não o prendeu. Além disso, poderia ter vendido o administrador e sua família como escravos para recuperar suas perdas, mas não o fez. Sua natureza generosa o impediu de tais ações.
À luz da extraordinária graça que recebera, o administrador decide arriscar tudo em uma última jogada e aposta na inabalável generosidade do seu mestre. Ele peca “para que a graça seja mais abundante.” E como veremos, é elogiado por sua ação e pela sua confiança na natureza graciosa do mestre.[7]
O administrador foi elogiado por sua astúcia. O que fez foi errado e punido com a perda do emprego, mas o homem foi elogiado por ter arquitetado um plano com base na natureza e caráter do dono da terra.
Suas ações lhe deram uma boa reputação entre os arrendatários. A comunidade provavelmente ficaria sabendo que o proprietário de terras havia sido incrivelmente generoso. A história do que o administrador fizera acabaria vazando e os membros da comunidade provavelmente ficariam impressionados com o audacioso plano. Também entenderiam que o fazendeiro poderia ter punido o administrador e vendido sua família, mas não o fez. É pouco provável que ele fosse contratado localmente como administrador, por conta da sua desonestidade, mas poderia muito bem conseguir outro emprego por causa da sua astúcia, e era essa sua meta. Seu plano era obter alguma vantagem para ele e para o ex-patrão, mesmo que fosse à custa deste.
Um autor explica da seguinte maneira:
O administrador que se beneficia de forma desonesta é tão astuto e inteligente que o homem rico fica impressionado. É possível imaginar o homem rico batendo no próprio joelho e dizendo: “Que malandro! Demiti o sujeito faz dois dias por sua má administração e veja o que ele faz. Ajeitou seu ninho entre os meus devedores. Usou o que me pertence para isso. Que coragem! Foi muito esperto! Não tem um pingo de vergonha, mas, sem dúvida, é muito astuto!”[8]
Como um filme ou livro sobre um ladrão cujo plano é incrivelmente criativo e bem arquitetado que encanta ao público de hoje, a parábola provavelmente fez seus ouvintes originais sorrirem. Ao mesmo tempo, entenderiam que o proprietário foi generoso e bondoso, pois em vez de fazer o administrador pagar pelos seus erros na forma da lei, foi misericordioso e poupou o administrador e sua família, ao pagar um preço alto para que o administrador seguisse em liberdade.
Ao terminar a história, Jesus oferece uma aplicação ao relato:
Pois os filhos deste mundo são mais prudentes na sua geração do que os filhos da luz. Eu vos digo: Granjeai amigos com as riquezas da injustiça, para que, quando estas vos faltarem, vos recebam eles nos tabernáculos eternos.
Nesta afirmação difícil de entender, Jesus compara os filhos deste mundo com os filhos da luz. Os primeiros lidam com seus pares no mundo mais enganosamente que os últimos. Os filhos do mundo, a exemplo do administrador, conhecem as manhas do sistema do mundo. Sabem como fazer bons negócios, ganhar dinheiro, acumular riqueza e se dar bem segundo as maneiras e princípios do mundo. Usam a riqueza material do mundo para preparar seu futuro na terra.[9] Jesus sugere uma alternativa. Diz aos filhos da luz para agirem segundo outros princípios, os princípios do reino de Deus. Os filhos da luz devem usar os caminhos do reino e agir segundo a vontade de Deus, motivados pelo amor e generosidade para com os outros, para acumular tesouros no céu.
Os crentes devem usar o dinheiro e a riqueza deste mundo — as chamadas riquezas da injustiça —, para ter amigos neste mundo. Em outras palavras, fazer boas coisas com o dinheiro, ser generoso, compartilhar, dar aos que precisam, ajudar a tantos quanto possível. Chegará o tempo em que o dinheiro não terá valor nem importância, quando você passar deste mundo para o próximo. Se viver de acordo com os princípios do reino de Deus, ao chegar ao céu receberá as boas vindas em habitações eternas por aqueles que você ajudou e tiverem partido antes de você.
Nesta parábola, Jesus está mais uma vez mostrando a natureza de Deus, que, como o proprietário de terra da história, é misericordioso e generoso. Salienta que os crentes, os discípulos, devem aprender algo do administrador injusto. Se por um lado estava obviamente errado, entendia o patrão e agiu com base nesse entendimento. Muito mais devem os crentes ser entendedores da natureza amorosa e generosa de Deus, e com esse entendimento viver com grande fé no Seu amor, misericórdia e generosidade. E, ao mesmo tempo, copiar Seus atributos, sendo também generosos e capazes de perdoar os outros.
Todos precisamos de dinheiro para nosso sustento, cuidar de nós mesmos e de nossas famílias, mas usar parte das bênçãos que recebemos para ajudar os outros é uma forma de fazer amizade com eles, de lhes mostrar que Deus os ama e que quer abençoá-los. Ao sermos generosos e compartilharmos nossos recursos, espelhamos a generosidade de Deus. Assim, não apenas ajudamos os outros, mas armazenamos para nós tesouros no céu.[10] E quando chegarmos lá, muitos dos que por nós foram ajudados estarão lá para nos receber com toda alegria.
Talvez você não tenha muito em termos de riquezas deste mundo para compartilhar com os outros, mas tem em abundância algo que vale muito mais que o dinheiro. Você tem a riqueza celestial — a verdade da Palavra de Deus, o amor de Deus, o conhecimento de como nos conectarmos com Ele por meio de Jesus. Talvez você não tenha condições hoje de ajudar os outros financeiramente, mas lhes oferecer atenção, assistência, oração, consolo e amor. Talvez você não tenha “riquezas da injustiça”, mas tem as da justiça, os meios de salvação, para liberalmente compartilhar com os outros. Vamos compartilhar nossas bênçãos materiais e espirituais com os que precisam, para que venham conhecer nosso amoroso e generoso Deus, e Seu maravilhoso filho, Jesus.
O Administrador Injusto, Lucas 16:1–9
1 Disse Jesus aos discípulos: Havia um homem rico cujo administrador foi acusado de dissipar os seus bens.
2 Então, chamando-o, lhe disse: “Que é isto que ouço de ti? Dá contas da tua administração, porque já não poderás ser meu administrador.”
3 O administrador disse consigo: Agora, que farei? O meu senhor me tira o emprego. Cavar, não posso, e de mendigar, tenho vergonha
4 Eu sei o que hei de fazer, para que, quando for demitido da administração, me recebam em suas casas.
5 Chamando a si cada um dos devedores do seu senhor, disse ao primeiro: Quanto deves ao meu senhor?
6 Ele respondeu: Cem batos de azeite. Disse-lhe: Toma a tua obrigação e, assentando-te depressa, escreve cinquenta.
7 Disse depois a outro: E tu quanto deves? Ele respondeu: Cem coros de trigo. Disse-lhe: Toma a tua obrigação, e escreve oitenta.
8 Louvou aquele senhor o injusto administrador por haver procedido prudentemente. Pois os filhos deste mundo são mais prudentes na sua geração do que os filhos da luz.
9 Eu vos digo: Granjeai amigos com as riquezas da injustiça, para que, quando estas vos faltarem, vos recebam eles nos tabernáculos eternos.
Nota
A menos que indicado ao contrário, todas as referências às Escrituras foram extraídas da “Bíblia Sagrada” — Tradução de João Ferreira de Almeida — Edição Contemporânea, Copyright © 1990, por Editora Vida.
[1] Kenneth E. Bailey, Jesus Through Middle Eastern Eyes (Downers Grove: InterVarsity Press, 2008), 333.
[2] Klyne Snodgrass, Stories With Intent (Grand Rapids: William B. Eerdmans, 2008), 406–409.
[3] Fundamentei esta interpretação em grande parte, ainda que não exclusivamente no livro de Kenneth Bailey Jesus Through Middle Eastern Eyes.
[4] Bailey, Jesus Through Middle Eastern Eyes, 336.
[5] Ibid., 337.
[6] Joachim Jeremias, The Parables of Jesus (New Jersey: Prentice Hall, 1954), 181.
[7] Bailey, Jesus Through Middle Eastern Eyes, 340.
[8] Arland J. Hultgren, The Parables of Jesus (Grand Rapids: William B. Eerdmans, 2000), 153.
[9] Snodgrass, Stories With Intent, 414.
[10] Não ajunteis tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem destroem e onde os ladrões arrombam e roubam. Mas ajuntai tesouros no céu, onde nem a traça nem a ferrugem destroem e onde os ladrões não arrombam nem roubam (Mateus 6:19–20).