Jesus — Sua Vida e Mensagem: As Declarações “Eu Sou”
Fevereiro 13, 2018
por Peter Amsterdam
Jesus — Sua Vida e Mensagem: As Declarações “Eu Sou”
A Luz do Mundo
[Jesus—His Life and Message: The “I Am” Sayings: The Light of the World]
A segunda declaração “Eu sou” de Jesus se encontra no capítulo oito do Evangelho segundo João.
Jesus continuou a dizer à multidão: Eu sou a luz do mundo. Quem me segue não andará em trevas, mas terá a luz da vida.[1]
O entendimento do contexto de quando e onde Jesus fez essa declaração aumenta a clareza do seu significado. O oitavo capítulo de João começa com a história da mulher flagrada em adultério,[2] e foi com esse pano de fundo que Jesus disse ser a luz do mundo. Para a maioria dos comentaristas, a história da mulher adúltera se desvia da narrativa do Evangelho. Se não lermos os primeiros onze versículos do capítulo, (a história da adúltera), então o décimo segundo parece uma continuação de João 7. Examinemos essa questão mais de perto:
O capítulo sete começa dizendo que Jesus estava na Galileia e que a Festa das Barracas estava próxima. (A festa é também conhecida como A Festa dos Tabernáculos e ainda é praticada pela fé judaica, com o nome de Sucot.) A Festa das Barracas é uma celebração de sete dias que ocorre em setembro ou no início de outubro, durante o qual os crentes moram em “barracas”.[3] No fim do festival, há um oitavo dia de descanso, conforme o mandamento de Deus:
Aos quinze dias do sétimo mês, quando tiverdes recolhido os produtos da terra, celebrareis a festa do Senhor durante sete dias; o primeiro dia é dia de descanso, e também o oitavo dia é dia de descanso. ... Sete dias habitareis em tendas: Todos os naturais em Israel habitarão em tendas, para que saibam as vossas gerações que eu fiz habitar os filhos de Israel em tendas, quando os tirei da terra do Egito. Eu sou o Senhor vosso Deus.[4]
Jesus demorou-se para ir a Jerusalém, para as festividades, e chegou de forma discreta.[5]
Estando a festa pelo meio, subiu Jesus ao templo, e começou a ensinar.[6]
Seus ensinamentos geravam controvérsias. Alguns que O ouviam entendiam ser Ele o Messias, enquanto outros O queriam preso. É nesse momento na história que uma mulher flagrada em adultério entra em cena, mas tão logo essa história termina, a narrativa volta à pregação de Jesus no festival, apesar de o texto não afirmar que Ele estivesse no festival, mas o sugerir.
Havia duas cerimônias associadas à Festa dos Tabernáculos nos dias de Jesus — o “derramamento da água” e a “iluminação do templo”. Cada dia do festival, os sacerdotes retiravam água do Tanque de Siloé e a traziam em procissão para o templo com o alegre som de trombetas, celebrando a provisão de Deus, quando Ele fez sair água da pedra no deserto, durante o êxodo de Israel.[7] No sétimo capítulo, lemos que No último dia, o grande dia da festa, Jesus pôs-se de pé, e clamou: Se alguém tem sede, venha a mim e beba. Quem crê em mim, como diz a Escritura, do seu interior fluirão rios de água viva. Isto ele dizia do Espírito que haviam de receber os que nele cressem. O Espírito Santo ainda não fora dado, porque Jesus ainda não havia sido glorificado.[8] Quando Jesus falou sobre água viva nesse festival deu a entender que Se referia à procissão da água.
Outra parte do festival era a iluminação do templo. Durante o festival, em uma parte do complexo do templo chamada pátio das mulheres, quatro enormes castiçais dourados, cada um com quatro lamparinas, eram acesos na cerimônia da noite. A luz brilhante que emanava dos castiçais iluminava toda a área do templo. Essa cerimônia celebrava a coluna de fogo que guiou os israelitas no deserto:
O Senhor ia adiante deles, de dia numa coluna de nuvem, para os guiar pelo caminho, e de noite numa coluna de fogo, para os alumiar, a fim de que caminhassem de dia e de noite t.[9]
Quando Jesus disse Eu sou a luz do mundo no capítulo oito, foi provavelmente nesse ambiente. No capítulo, a frase aparece sozinha, pois deu origem a uma forte disputa entre Ele e os fariseus. Entretanto, João inclui várias outras referências a Jesus sendo a luz, especificamente no primeiro capítulo:
No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus [10]
… O Verbo se fez carne, e habitou entre nós [11]
… Nele estava a vida, e a vida era a luz dos homens [12]
… A luz resplandece nas trevas, e as trevas não prevaleceram sobre ela.[13]
A luz verdadeira que ilumina a todos os homens estava vindo ao mundo.[14]
Mais à frente, neste Evangelho — quando a multidão perguntou a Jesus, Como dizes tu que convém que o Filho do homem seja levantado? Quem é esse Filho do homem?[15] — Jesus respondeu de uma maneira que o indicou como Ele sendo a luz:
Então Jesus lhes disse: A luz ainda está convosco por um pouco. Andai enquanto tendes luz, para que as trevas não vos apanhem. Quem anda nas trevas não sabe para onde vai. Enquanto tendes a luz, crede na luz, para que sejais filhos da luz. Terminando de dizer estas coisas, Jesus se retirou e ocultou-se deles.[16]
A convocação para crer na luz é a mesma que se dá quando Jesus diz “Crê em Mim”. Tornar-se filho da luz significa passar a pertencer a Deus.
Mas vós sois a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido, para que anuncieis as grandezas daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz.[17]
Pois outrora éreis trevas, mas agora sois luz no Senhor. Andai como filhos da luz.[18]
Em João capítulo três, logo depois de dizer que Deus amou o mundo de tal maneira que enviara Seu Filho, Jesus refere-Se a Si mesmo como sendo a Luz:
Quem nele crê não é condenado, mas quem não crê já está condenado, porque não crê no nome do unigênito Filho de Deus. A condenação é esta: A luz veio ao mundo, e os homens amaram mais as trevas do que a luz porque as obras deles eram más. Todo aquele que pratica o mal aborrece a luz, e não vem para a luz, para que as suas obras não sejam reprovadas. Mas quem vive de acordo com a verdade vem para a luz, a fim de que se veja claramente que as suas obras são feitas em Deus.[19]
Os que não acreditam na Luz são condenados; os que acreditam, não — da mesma forma que Jesus dissera que os que creem no Filho de Deus não perecem mas têm a vida eterna,[20] quem não crê já está condenado, porque não crê no nome do unigênito Filho de Deus.[21] Crer na Luz é um requisito para a salvação, e essa Luz é Jesus.
Em algumas passagens do Antigo Testamento, a luz é usada como uma metáfora para expressar a presença de Deus:
Diante de ti puseste as nossas iniquidades, e os nossos pecados ocultos à luz do teu rosto.[22]
Ó Senhor, faze a luz do teu rosto brilhar sobre nós![23]
Há também muitas referências à luz de Deus, tais como:
O Senhor é a minha luz e a minha salvação.[24]
Envia a tua luz e a tua verdade, para que me guiem; levem-me ao teu santo monte, ao lugar da tua habitação![25]
Ó Senhor, faze a luz do teu rosto brilhar sobre nós![26]
Vinde, andemos na luz do Senhor.[27]
Pois em ti está o manancial da vida; na tua luz veremos a luz.[28]
No Livro de Isaías, ao falar da vinda da era do reino, é feita referência ao “Servo do Senhor” que seria como luz dos gentios, para seres a minha salvação até as extremidades da terra,[29] e que o Senhor será a tua luz perpétua, e o teu Deus a tua glória.[30] Na Primeira Epístola de João, lemos:
Esta é a mensagem que dele ouvimos, e vos anunciamos: que Deus é luz, e nele não há treva nenhuma.[31]
Deus, que é a Luz e a fonte da luz, enviou Seu Filho, Jesus, a luz que veio ao mundo,[32] para trazer vida. Quem seguir essa Luz não andará em trevas, mas terá a luz da vida. fe.[33]
No Evangelho segundo Mateus, Jesus disse:
Vós sois a luz do mundo. Não se pode esconder uma cidade edificada sobre um monte. Nem se acende uma lâmpada e se coloca debaixo de uma vasilha, mas no candelabro, e ilumina a todos os que estão na casa. Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que está nos céus.[34]
Jesus compara os que nEle creem como fontes de luz: uma cidade sobre um monte, um candelabro em um lugar elevado. Nossa luz reflete a de Cristo, a luz do mundo, a luz que veio para o mundo. Conforme caminharmos à Sua luz, refletiremos Cristo e seremos testemunhas para os outros.
Pois outrora éreis trevas, mas agora sois luz no Senhor. Andai como filhos da luz (pois o fruto da luz consiste em toda a bondade, e justiça e verdade).[35]
Todos vós sois filhos da luz, e filhos do dia. Nós não somos da noite, nem das trevas.[36]
A noite é passada, e o dia é chegado. Rejeitemos, pois, as obras das trevas e vistamo-nos das armas da luz.[37]
Pois Deus, que disse: Das trevas resplandecerá a luz, é quem brilhou em nossos corações, para iluminação do conhecimento da glória de Deus, na face de Jesus Cristo.[38]
Nota
A menos que indicado o contrário, todas as referências às Escrituras foram extraídas da “Bíblia Sagrada” — Tradução de João Ferreira de Almeida — Edição Contemporânea, Copyright © 1990, por Editora Vida.
Bibliografia Geral
Bailey, Kenneth E. Jesus Through Middle Eastern Eyes. Downers Grove: InterVarsity Press, 2008.
Biven, David. New Light on the Difficult Words of Jesus. Holland: En-Gedi Resource Center, 2007.
Bock, Darrell L. Jesus According to Scripture. Grand Rapids: Baker Academic, 2002.
Bock, Darrell L. Luke Volume 1: 1:1–9:50. Grand Rapids: Baker Academic, 1994.
Bock, Darrell L. Luke Volume 2: 9:51–24:53. Grand Rapids: Baker Academic, 1996.
Brown, Raymond E. The Birth of the Messiah. New York: Doubleday, 1993.
Brown, Raymond E. The Death of the Messiah. 2 vols. New York: Doubleday, 1994.
Carson, D. A. Jesus’ Sermon on the Mount and His Confrontation with the World. Grand Rapids: Baker Books, 1987.
Charlesworth, James H., ed. Jesus’ Jewishness, Exploring the Place of Jesus Within Early Judaism. New York: The Crossroad Publishing Company, 1997.
Chilton, Bruce, e Craig A. Evans, eds. Authenticating the Activities of Jesus. Boston: Koninklijke Brill, 1999.
Edersheim, Alfred. The Life and Times of Jesus the Messiah. Updated Edition. Hendrickson Publishers, 1993.
Elwell, Walter A., ed. Baker Encyclopedia of the Bible. Grand Rapids: Baker Book House, 1988.
Elwell, Walter A., e Robert W. Yarbrough. Encountering the New Testament. Grand Rapids: Baker Academic, 2005.
Evans, Craig A. World Biblical Commentary: Mark 8:27–16:20. Nashville: Thomas Nelson, 2000.
Evans, Craig A., e N. T. Wright. Jesus, the Final Days: What Really Happened. Louisville: Westminster John Knox Press, 2009.
Flusser, David. Jesus. Jerusalem: The Magnes Press, 1998.
Flusser, David, e R. Steven Notely. The Sage from Galilee: Rediscovering Jesus’ Genius. Grand Rapids: William B. Eerdmans Publishing Company, 2007.
France, R. T. The Gospel of Matthew. Grand Rapids: William B. Eerdmans Publishing Company, 2007.
Gnilka, Joachim. Jesus of Nazareth: Message and History. Peabody: Hendrickson Publishers, 1997.
Green, Joel B. The Gospel of Luke. Grand Rapids: William B. Eerdmans Publishing Company, 1997.
Green, Joel B., e Scot McKnight, eds. Dictionary of Jesus and the Gospels. Downers Grove: InterVarsity Press, 1992.
Grudem, Wayne. Systematic Theology, An Introduction to Biblical Doctrine. Grand Rapids: InterVarsity Press, 2000.
Guelich, Robert A. World Biblical Commentary: Mark 1–8:26. Nashville: Thomas Nelson, 1989.
Jeremias, Joachim. The Eucharistic Words of Jesus. Philadelphia: Trinity Press International, 1990.
Jeremias, Joachim. Jerusalem in the Time of Jesus. Philadelphia: Fortress Press, 1996.
Jeremias, Joachim. Jesus and the Message of the New Testament. Minneapolis: Fortress Press, 2002.
Jeremias, Joachim. New Testament Theology. New York: Charles Scribner’s Sons, 1971.
Jeremias, Joachim. The Prayers of Jesus. Norwich: SCM Press, 1977.
Keener, Craig S. The Gospel of John: A Commentary, Volume 1. Grand Rapids: Baker Academic, 2003.
Keener, Craig S. The Gospel of John: A Commentary, Volume 2. Grand Rapids: Baker Academic, 2003.
Keener, Craig S. The Gospel of Matthew: A Socio-Rhetorical Commentary. Grand Rapids: William B. Eerdmans Publishing Company, 2009.
Lewis, Gordon R., e Bruce A. Demarest. Integrative Theology. Grand Rapids: Zondervan, 1996.
Lloyd-Jones, D. Martyn. Studies in the Sermon on the Mount. Grand Rapids: William B. Eerdmans Publishing Company, 1976.
Manson, T. W. The Sayings of Jesus. Grand Rapids: William B. Eerdmans Publishing Company, 1957.
Manson, T. W. The Teaching of Jesus. Cambridge: University Press, 1967.
McKnight, Scot. Sermon on the Mount. Grand Rapids: Zondervan, 2013.
Michaels, J. Ramsey. The Gospel of John. Grand Rapids: William B. Eerdmans Publishing Company, 2010.
Milne, Bruce. The Message of John. Downers Grove: InterVarsity Press, 1993.
Morris, Leon. The Gospel According to John. Grand Rapids: William B. Eerdmans Publishing Company, 1995.
Morris, Leon. The Gospel According to Matthew. Grand Rapids: William B. Eerdmans Publishing Company, 1992.
Ott, Ludwig. Fundamentals of Catholic Dogma. Rockford: Tan Books and Publishers, Inc., 1960.
Pentecost, J. Dwight. The Words & Works of Jesus Christ. Grand Rapids: Zondervan, 1981.
Sanders, E. P. Jesus and Judaism. Philadelphia: Fortress Press, 1985.
Sheen, Fulton J. Life of Christ. New York: Doubleday, 1958.
Spangler, Ann, e Lois Tverberg. Sitting at the Feet of Rabbi Jesus. Grand Rapids: Zondervan, 2009.
Stassen, Glen H., e David P. Gushee. Kingdom Ethics: Following Jesus in Contemporary Context. Downers Grove: IVP Academic, 2003.
Stein, Robert H. Jesus the Messiah. Downers Grove: InterVarsity Press, 1996.
Stein, Robert H. Mark. Grand Rapids: Baker Academic, 2008.
Stein, Robert H. The Method and Message of Jesus’ Teachings. Louisville: Westminster John Knox Press, 1994.
Stott, John R. W. The Message of the Sermon on the Mount. Downers Grove: InterVarsity Press, 1978.
Talbert, Charles H. Reading the Sermon on the Mount. Grand Rapids: Baker Academic, 2004.
Williams, J. Rodman. Renewal Theology: Systematic Theology from a Charismatic Perspective. Grand Rapids: Zondervan, 1996.
Witherington, Ben, III. The Christology of Jesus. Minneapolis: Fortress Press, 1990.
Witherington, Ben, III. The Gospel of Mark: A Socio-Rhetorical Commentary. Grand Rapids: William B. Eerdmans Publishing Company, 2001.
Wood, D. R. W., I. H. Marshall, A. R. Millard, J. I. Packer, e D. J. Wiseman, eds. New Bible Dictionary. Downers Grove: InterVarsity Press, 1996.
Wright, N. T. After You Believe. New York: Harper Collins Publishers, 2010.
Wright, N. T. Jesus and the Victory of God. Minneapolis: Fortress Press, 1996.
Wright, N. T. Matthew for Everyone, Part 1. Louisville: Westminster John Knox Press, 2004.
Wright, N. T. The Resurrection of the Son of God. Minneapolis: Fortress Press, 2003.
Yancey, Philip. The Jesus I Never Knew. Grand Rapids: Zondervan, 1995.
Young, Brad H. Jesus the Jewish Theologian. Grand Rapids: Baker Academic, 1995.
[1] João 8:12.
[2] João 8:1–11.
[3] Uma “barraca” ou como é conhecido hoje, uma sucá, é um estrutura temporária construída sobre o solo, em uma varanda aberta ou em um terraço. Deve ter pelo menos 3 paredes, pregadas ao teto. Além desta passagem pelo deserto, a sucá também simboliza todos os judeus que vivem na diáspora, ou seja, fora de Israel. O teto, conhecido como s'chach em hebraico, deve ser feito de algo que nasça da terra, mas que agora está desconectado dela. Folhas, bambus, ramos de pinheiros, madeira e coisas assim. Muitas pessoas penduram decorações como ornamentos brilhantes e quadros no interior da tenda e nas vigas de sustentação do teto. Algumas famílias revestem o interior das paredes com lençóis, para remeter às “Nuvens da Glória” que cercavam a nação judaica durante sua peregrinação no deserto (Wikipédia).
[4] Levítico 23:39, 42–43. Ver também Deuteronômio 16:13–16.
[5] João 7:10.
[6] João 7:14.
[7] Morris, The Gospel According to John, 372, 388.
[8] João 7:37–39.
[9] Êxodo 13:21.
[10] João 1:1.
[11] João 1:14.
[12] João 1:4.
[13] João 1:5.
[14] João 1:9.
[15] João 12:34.
[16] João 12:35–36.
[17] 1 Pedro 2:9.
[18] Efésios 5:8–9.
[19] João 3:18–21.
[20] João 3:16.
[21] João 3:18.
[22] Salmo 90:8.
[23] Salmo 4:6.
[24] Salmo 27:1.
[25] Salmo 43:3.
[26] Salmo 4:6.
[27] Isaías 2:5.
[28] Salmo 36:9.
[29] Isaías 49:6.
[30] Isaías 60:19.
[31] 1 João 1:5.
[32] João 3:19
[33] João 8:12.
[34] Mateus 5:14–16.
[35] Efésios 5:8–9.
[36] 1 Tessalonicenses 5:5.
[37] Romanos 13:12.
[38] 2 Coríntios 4:6.